O que já foi
Qualquer dia
Qualquer alegria
Se chorei ou se sorri
Sabe o rei que o importante é que vivi
Os passos não devem ser julgados
Mas, enfim, compreendidos.
Não seria hoje quem sou
Esse alguém que tanto errou
E também achou que amou
Achei sim
Certeza não mais tenho qualquer
De algum desses dias passados
Ter amado essa ou aquela mulher
Falei para 5 até hoje
Convencido de apenas 4
A quinta já sabia
Que aquele sentimento
Realmente não existia
Nem por isso foi menos...
Ou, tampouco, será esquecida
Por mim será sempre lembrada
E também muito bem recebida
Quero mesmo é falar das outras 4
Que importante demais também foram
Para entender onde vim caminhar
E algum dia merecer realmente amar
A primeira das Anas
De sobrenome Leite
Diferença de idade
Na época foi realidade
O ano era 98
Aprendi molhar o biscoito
Não a primeira, mas a segunda mulher minha
Não deixei de sonhar qualquer dia
Com aquela carinha
Namoro pode até não ter sido
Mas aprendi o que é ser ferido
Com a segunda das Anas
Mais tempo fiquei
Muitos planos eu fiz
Por pouco não casei
Seu sobrenome era Madeira
E ao seu lado fiz muita besteira
Não sabia o que era retidão
E magoei seu coração
Ferido eu tinha sido
E ferir dessa vez aprendi
Arrependimento aos prantos
Dessa vez eu senti
Ao seu lado virei rapaz
Garoto bom não me senti
Sogra aprendi o que era
Bom é voltar a sorrir
Algum tempo a mais se passou
Até que a terceira das Anas chegou
Essa sim mais preparado
Acabei sendo casado
Seu sobrenome Barbosa
Sempre a achei muito vistosa
Mudanças em quase 5 anos
Afundados foram muitos planos
Ajudei tenho certeza
Assim como fui ajudado
Mas acabei sem entender
Por onde é que tinha errado
Bom marido achei que fui
Maltratado talvez julgara
Certo é que muito carinho
Guardo dessa que muito eu viajara
Separação dolorosa
Talvez a mais penosa
Mas algum dia irá se tornar
Apenas lições proveitosas
Pouco tempo depois
A única não-Ana
De sobrenome Condé
Aprendi o que é ter uma mulher
Também muita dor e dificuldade
Entendi como é a realidade
Em desejar diferente felicidade
Tentar juntar duas vidas sofridas
Entre muitas idas e vindas
Diferença de idade não foi problema
Divergência sempre tinha outro tema
Bicho feio esquisito
Tal ciúmes maldito
Coisa remendada não muito presta
Passado agora é o que resta
Pelo pouco tempo não nego
Que ainda muito dói o ego
Certo é que sem qualquer dessas
Não teria todas as peças
Para juntar nesse corpo
Que muito deseja ser outro
Outro melhor e mais completo
Para uma esposa ter por perto
Ter alguém com quem conversar
E também alguns filhos criar
Agradeço a todas essas
E a outras também
Que Deus abençoe a gente
E Santo Antonio rogue por nós, Amém!