segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ninguém é de ninguém

Até onde chega o limite?
até que ponto está o limiar?

quando é a hora
de respeitar
de esperar

ou, melhor, de nada esperar

impossível, nesse grau, nada nada esperar
depois de tanto ter que aguardar

como voltar o que se foi e gostar do que ainda não foi?

sinceramente, ser demais não satisfaz?

então, ser de menos não é dos pequenos??

sempre fui, desde que me lembro, apaixonado por tudo que me entrego
e se me entreguei a ti
por que seria diferente?

mais vale poucos minutos bem vividos
do que séculos sem nada aproveitar

eu aqui
milhas e milhas mais próximo
e deito-me a conversar com as teclas
e não com ti
por quem bom tempo esperei

pena é sentir
que o encanto parece ter fugido de nós

e nesse desencanto
espero aprender como ser melhor

talvez atingir o equilíbrio
e finalmente entender

que ninguém é de ninguém


pax tecum.